Advogada enfrenta grave acusação de extorsão em Manaus
Denúncia aponta uso de falsa acusação de assédio para obter vantagem financeira e alavancar candidatura a desembargadora
Um escândalo envolvendo profissionais do Direito abala a comunidade jurídica do Amazonas. O advogado Francisco Charles da Cunha Garcia Junior tornou público, na terça-feira (16), que está sendo vítima de uma tentativa de extorsão orquestrada por uma colega de profissão, identificada apenas como A.M., conhecida por sua atuação em causas feministas.
Segundo a denúncia, a advogada teria fabricado uma acusação de assédio utilizando uma ex-funcionária do escritório de Charles, com o objetivo de exigir R$ 500 mil e, ao mesmo tempo, fortalecer sua candidatura à vaga de desembargadora reservada à OAB-AM no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM).
Em nota, Charles detalhou que, há cerca de 15 dias, ele e sua esposa, a advogada Juliana Coimbrã, vêm sofrendo ameaças e pressões para realizar o pagamento. “Não cedi à extorsão e não cederei à chantagista”, afirmou o advogado, que decidiu levar o caso à Polícia Civil, resultando na abertura de um inquérito para investigar o crime de extorsão.
Como prova, Charles apresentou gravações periciadas e transformadas em atas notariais, nas quais, segundo ele, A.M. aparece pressionando por um acordo financeiro para evitar a divulgação da suposta acusação de assédio. “A gravação evidencia o que o nosso Código Penal tipifica como extorsão”, reforçou. Juliana Coimbrã, que também se sentiu intimidada ao ser abordada pela advogada, gravou um diálogo que agora integra o material sob análise policial.
Charles classificou a ação como “desleal e oportunista”, sugerindo que a colega estaria utilizando a causa da defesa das mulheres de forma indevida para alcançar vantagens financeiras e profissionais. “Repito, busca o cargo de desembargadora tripudiando sobre a honra de outro colega”, escreveu, expressando confiança nas instituições. “Confio na Polícia Civil do meu estado. Confio na Justiça do Amazonas. A verdade prevalecerá.”
Até o momento, A.M. não se pronunciou oficialmente sobre as acusações. O caso, que ganhou repercussão entre advogados e na sociedade amazonense, levanta debates sobre ética profissional e o uso de causas sensíveis, como a defesa dos direitos das mulheres, em disputas pessoais e políticas. A Polícia Civil segue com as investigações, e a expectativa é de que novos desdobramentos esclareçam os fatos nos próximos dias.
O escândalo expõe os bastidores de uma disputa acirrada no meio jurídico e reforça a importância de apurações rigorosas para garantir a verdade e a justiça. A comunidade local aguarda respostas, enquanto o caso promete impactar a corrida pela vaga no TJ-AM.
Palavras-chave: extorsão, advogada feminista, Manaus, OAB-AM, Tribunal de Justiça do Amazonas, assédio, denúncia falsa, Polícia Civil, ética profissional, desembargadora.
Hashtags: #PainelPolitico #Manaus #OABAM #Extorsão #JustiçaAmazonas #ÉticaProfissional #TJAM