Coluna - Leilão da BR 364 já tem vencedor; apenas uma proposta foi apresentada
Bagattoli e Marcos Rogério seguem juntos em 2026, seja para governo ou Senado; avança PEC que reduz jornada de trabalho para 40 horas semanais
É nesta quinta-feira
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Ministério dos Transportes realizam, a partir das 14h desta quinta-feira (27/2), na B3, em São Paulo (SP), o leilão para concessão da Rota Agro Norte (BR-364/RO). O projeto prevê diversos avanços na rodovia, com investimentos ultrapassando R$ 10 bilhões. Este será o primeiro leilão de uma rodovia federal na região Norte do Brasil. Com uma extensão de 686,7 km, o trecho da BR-364/RO que será concedido abrange importantes pontos de Rondônia, desde o entroncamento com a BR-435 até a BR-319, além de acessos estratégicos em Ji-Paraná e Porto Velho. O projeto de concessão, que é referente ao Lote CN5 da Rota Agro Norte, é mais um passo para aprimorar a infraestrutura rodoviária. O projeto assegura aportes de R$ 10,23 bilhões para melhorias do segmento posto à leilão. Serão R$ 6,35 bilhões em Capex, que correspondem a investimentos de longo prazo, os quais incluem contratação de obras de duplicação e adequação das vias; e R$ 3,88 bilhões em Opex, voltado às despesas operacionais. Estima-se que mais de 92 mil empregos sejam gerados com a concessão.
Uma proposta
O leilão da rodovia BR-364, marcado para a próxima quinta-feira (27), recebeu uma única proposta. O envelope foi entregue na B3, em São Paulo, pelo consórcio formado pela empresa 4UM Investimentos e o banco Opportunity, conforme informações obtidas pelo jornal Folha de São Paulo. Se confirmada a qualificação técnica da proposta, portanto, a sociedade será confirmada vencedora do leilão. A BR-364 é a primeira de uma série de 15 concessões de rodovias que o governo programou para este ano. Em 2023 e 2024, foram realizadas nove concessões. A modelagem financeira do leilão foi feita pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), assim como as outras 14 concessões rodoviárias que o governo federal pretende realizar neste ano.
Estão juntos
Os senadores Jaime Bagattoli e Marcos Rogério ‘apararam as arestas’ decorrentes das eleições de 2022 e agora estão firmes e preparados para seguirem juntos em 2026. Caso Rogério não seja candidato ao governo, apoiará Bagattoli, saindo para reeleição. Caso Marcos decida disputar o Palácio terá o apoio de Bagattoli. O acordo está já fechado.
Andanças
Marcos Rogério já deu início as andanças para compor as alianças visando o Palácio Rio Madeira. Jé esteve com o ex-senador Ivo Cassol para viabilizar uma parceria, e vem participando de reuniões em vários municípios e lideranças. Rogério mudou bastante sua postura, em relação a 2022. Hoje ele é o favorito a governo ou senado.
Raiz
Marcos Rogério e Jaime Bagattoli são ‘bolsonaristas raiz', representam a direita com entusiasmo e coerência.
Alguns links importantes desta segunda-feira
40 horas
Uma proposta de emenda à Constituição do senador Cleitinho (Republicanos-MG) prevê a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. De acordo com a PEC 4/2025, esse tempo deve ser cumprido em até cinco dias da semana, ou seja, o trabalhador passaria a ter dois dias de folga, a cada cinco trabalhados, preferencialmente aos sábados e domingos. O senador Cleitinho afirma que pretende promover o maior equilíbrio entre a vida profissional e pessoal do empregado.
Tribunais de contas
Um Projeto de Lei do deputado Tarcísio Motta (Psol-RJ), estabelece a possibilidade de punir os membros do Tribunal de Contas da União (TCU) e dos tribunais de contas de estados e municípios por crimes de responsabilidade. A condenação poderá ser a prisão, além da inabilitação para qualquer função pública por cinco anos e da ação penal. A proposta 4046/24, prevê que qualquer partido com representação no Congresso Nacional poderá denunciar um membro do TCU por crime de responsabilidade. A mesma lógica se aplica a partido com representação nas assembleias legislativas e câmaras municipais para os tribunais de contas de estados e municípios. A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário. Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.
Denúncia na ONU
A ONG Assessoria Popular Maria Felipa (APMF) anunciou que levará à Organização das Nações Unidas (ONU) denúncias sobre a violência policial ocorrida na periferia de Porto Velho, Rondônia. Entre os dias 14 e 30 de janeiro de 2025, ao menos dez pessoas, incluindo adolescentes e jovens, foram mortas durante operações policiais. A APMF alega que a operação "Aliança pela Vida, Moradia Segura II", iniciada pela Polícia Militar em 13 de janeiro, resultou em abordagens violentas, invasões de domicílio e execuções extrajudiciais, sob o pretexto de combater o crime organizado. A ação policial foi deflagrada após o assassinato do cabo Fábio Martins, ocorrido em 12 de janeiro no residencial Orgulho do Madeira, na zona leste da capital.
Direitos Humanos
Representantes da APMF participarão da 58ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, que ocorrerá de 3 a 7 de março em Genebra, onde protocolarão um apelo urgente para pressionar as autoridades brasileiras. A organização afirma que a atuação policial tem imposto um estado de terror, afetando especialmente moradores negros, indígenas e de baixa renda. Além disso, a APMF participará de debates na ONU sobre liberdade religiosa e tortura, e discutirá o impacto dos algoritmos digitais na disseminação da violência e do racismo durante o Debate Geral do Alto Comissariado. Até o momento, o governo de Rondônia não se manifestou sobre as alegações.
PM rebate
Em nota, a Polícia Militar informou “que suas ações seguem a legalidade, com uso progressivo e responsável da força para garantir a segurança da população". A corporação destacou que os confrontos com disparo de arma de fogo “representam uma pequena fração das ocorrências e que as denúncias contra policiais são baixas, refletindo a conduta profissional da instituição”. A íntegra da nota você confere no final da coluna.
O que acontece quando você bloqueia a internet do seu smartphone por 2 semanas
Um estudo investigou o impacto da remoção do acesso à internet móvel em smartphones por duas semanas, revelando melhorias significativas no bem-estar subjetivo, na saúde mental e na atenção sustentada. Com 91% dos participantes apresentando benefícios em pelo menos um desses aspectos, a intervenção reduziu o tempo médio de tela e os sintomas de depressão, com efeitos comparáveis aos da terapia cognitivo-comportamental e superiores aos dos antidepressivos. Os resultados sugerem que a ausência de acesso constante à internet permitiu um uso mais equilibrado do tempo, favorecendo atividades como socialização, exercícios e contato com a natureza. O estudo foi conduzido por meio de um ensaio controlado randomizado, envolvendo 467 participantes divididos em grupos de intervenção e intervenção atrasada. A restrição à internet móvel resultou em efeitos replicáveis, com melhorias observadas mesmo após o fim do bloqueio. Além disso, o aumento na capacidade de atenção sustentada foi comparável à redução esperada ao longo de 10 anos de envelhecimento. Esses achados reforçam a hipótese de que a conectividade constante pode afetar negativamente o funcionamento psicológico, destacando a importância de estratégias para um uso mais consciente dos dispositivos móveis.
NOTA À IMPRENSA
A Polícia Militar de Rondônia reafirma seu compromisso com a segurança da população, sempre atuando dentro da legalidade e empregando o uso progressivo da força de forma responsável. Nossa missão é preservar vidas e garantir a ordem pública, respeitando os direitos de todos.
Estudos apontam que a PMRO é uma das instituições policiais de maior credibilidade e ao longo dos anos conquistamos a confiança junto à sociedade. Além disso, os dados mostram que o número de ocorrências que resultam em confronto com disparo de arma de fogo é pequeno em relação ao total de nossas atuações. Esse índice reflete diretamente no baixo número de denúncias contra a corporação e seus membros, demonstrando a conduta profissional e equilibrada de nossos policiais militares.
Os resultados desse trabalho já podem ser vistos na prática. Em janeiro deste ano, Porto Velho registrou a maior redução nos índices criminais da sua história, um reflexo direto das ações do Plano Aliança pela Vida, uma iniciativa do Governo do Estado. Com foco na governança dentro dos residenciais populares, o programa tem implementado políticas públicas multidisciplinares voltadas para o ambiente e para os moradores, promovendo mudanças significativas na realidade dessas comunidades.
A cada dia, vemos os frutos dessas iniciativas não apenas nos números, mas na vida das pessoas, com mais segurança e qualidade de vida para todos. A população de Rondônia reconhece e apoia o trabalho da PMRO, pois sabe da importância de uma polícia firme, presente e comprometida com a paz social. Esse reconhecimento pode ser visto nas manifestações espontâneas de apoio aos nossos profissionais, que diariamente colocam suas vidas em risco para proteger a sociedade.
Reforçamos nosso compromisso com a transparência e com a legalidade, sempre buscando oferecer um serviço de segurança pública de excelência para todos.
Polícia Militar de Rondônia
Porto Velho, 22 de fevereiro de 2025.