Escolta ilegal e assassinato no aeroporto de SP: 17 policiais indiciados em caso Gritzbach
Inquérito da Polícia Militar expõe envolvimento de agentes em execução no Aeroporto de Guarulhos e reforça denúncias de corrupção e crime organizado
Em um desdobramento que choca o Brasil, a Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo concluiu o inquérito policial militar (IPM) sobre a escolta ilegal e o assassinato de Vinícius Lopes Gritzbach, ocorrido em 8 de novembro de 2024, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), 17 policiais militares foram indiciados por participação nos crimes, permanecendo presos enquanto o caso segue para o Tribunal de Justiça Militar (TJM). O crime, registrado por câmeras de segurança, expõe uma rede de corrupção envolvendo agentes públicos e o crime organizado, com destaque para denúncias contra o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Vinícius Gritzbach, acusado de lavagem de dinheiro e de ordenar dois assassinatos ligados ao PCC, havia firmado um acordo de delação premiada com o Ministério Público (MP) de São Paulo em março de 2024. Na colaboração, ele revelou detalhes sobre esquemas de extorsão praticados por policiais civis e um sistema de lavagem de dinheiro operado pela facção criminosa. O conteúdo da delação, mantido em sigilo, foi parcialmente encaminhado à Corregedoria da Polícia Civil em outubro de 2024, e Gritzbach prestou depoimento à corregedoria em 31 de outubro, apenas oito dias antes de ser executado.
A execução no Aeroporto de Guarulhos, um dos mais movimentados do país, levanta questionamentos sobre a segurança em áreas de grande circulação e o alcance da corrupção em instituições públicas. As imagens das câmeras de segurança, que capturaram o momento do crime, foram cruciais para as investigações, que apontaram a participação de policiais militares na escolta ilegal que culminou no assassinato. A SSP informou que o inquérito foi concluído com rigor e que os indiciados responderão por crimes graves, incluindo homicídio e associação com o crime organizado.
O caso Gritzbach reacende o debate sobre a infiltração do crime organizado em forças de segurança e a necessidade de reformas estruturais para combater a corrupção. A delação de Gritzbach, embora sigilosa, já provoca reflexos, com investigações em curso na Polícia Civil para apurar as denúncias de extorsão. O Tribunal de Justiça Militar agora terá a tarefa de julgar os 17 policiais indiciados, enquanto a sociedade cobra transparência e justiça.
Linha do tempo do caso Vinícius Gritzbach
Março de 2024: Vinícius Lopes Gritzbach, acusado de lavagem de dinheiro e de ordenar dois assassinatos ligados ao PCC, firma acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo. Ele cita agentes públicos e detalha esquemas de extorsão e lavagem de dinheiro.
Outubro de 2024: O Ministério Público encaminha trechos da delação de Gritzbach à Corregedoria da Polícia Civil, denunciando policiais civis por extorsão.
31 de outubro de 2024: Gritzbach presta depoimento à Corregedoria da Polícia Civil, oito dias antes de sua morte.
8 de novembro de 2024: Vinícius Gritzbach é executado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. O crime é gravado por câmeras de segurança.
Novembro de 2024 a abril de 2025: A Corregedoria da Polícia Militar conduz o inquérito policial militar (IPM), identificando a participação de 17 policiais militares na escolta ilegal e no assassinato.
Abril de 2025: A Corregedoria conclui o IPM, indiciando 17 policiais militares. O inquérito é encaminhado ao Tribunal de Justiça Militar, e os agentes permanecem presos.
O caso segue em andamento, com desdobramentos que podem revelar ainda mais detalhes sobre a conexão entre agentes públicos e o crime organizado. A sociedade acompanha com atenção, exigindo respostas e medidas concretas para combater a corrupção nas instituições de segurança.
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