Marcelo Cruz pede suspensão de contrato de R$ 500 milhões para terceirização da saúde em Rondônia
Polêmica envolvendo terceirização do Hospital João Paulo II gera protestos e mobiliza população nas redes sociais
O deputado estadual Marcelo Cruz (Patriota) tomou uma medida contundente ao solicitar a suspensão imediata do processo de contratação de uma empresa que assumiria a gestão de unidades públicas de saúde em Rondônia, incluindo o emblemático Hospital João Paulo II, em Porto Velho.
O contrato, que pode custar aos cofres públicos até R$ 500 milhões por ano, tem gerado intensos debates e protestos, especialmente entre servidores da saúde, que temem prejuízos à qualidade do atendimento e à valorização profissional.
A iniciativa do parlamentar foi motivada pela falta de diálogo e transparência no processo de terceirização. Segundo Cruz, qualquer decisão que impacte o sistema de saúde pública deve ser amplamente discutida com os profissionais da linha de frente e a sociedade. “É fundamental ouvir quem está na linha de frente para garantir que a saúde pública não seja prejudicada”, declarou o deputado, reforçando a necessidade de um debate inclusivo antes de qualquer avanço na contratação.
A proposta de terceirizar a gestão de unidades de saúde, incluindo o João Paulo II, um dos principais hospitais do estado, tem enfrentado forte resistência. Servidores da saúde e especialistas alertam para possíveis impactos negativos, como a precarização do atendimento e a desvalorização dos trabalhadores do setor. Protestos organizados por sindicatos e movimentos da categoria têm ganhado força, com manifestações em frente a unidades de saúde e nas redes sociais, onde a hashtag #SaúdeNãoSeVende tem sido amplamente utilizada.
Nas plataformas digitais, a população de Rondônia tem se mobilizado em apoio à atuação de Marcelo Cruz, cobrando do governo estadual mais transparência e participação popular na tomada de decisões. Postagens no X destacam a importância de manter a gestão pública da saúde e questionam os critérios para a escolha da empresa que assumiria o contrato milionário. “O Hospital João Paulo II é nosso! Queremos diálogo, não terceirização às pressas”, escreveu um usuário, refletindo o sentimento de indignação que domina o debate.
A polêmica em torno do contrato também levanta questões sobre a sustentabilidade financeira do estado. Com um valor anual de até R$ 500 milhões, a terceirização representaria um dos maiores gastos do orçamento da saúde em Rondônia, o que reforça a necessidade de escrutínio rigoroso. Especialistas defendem que a prioridade deveria ser o investimento em infraestrutura, contratação de pessoal e melhoria das condições de trabalho, em vez de transferir a gestão para a iniciativa privada.
Enquanto o governo estadual não se pronuncia oficialmente sobre a suspensão do processo, a pressão popular e a atuação de Marcelo Cruz mantêm o tema em evidência. A expectativa é que o debate avance com maior participação da sociedade civil e dos trabalhadores da saúde, garantindo que qualquer decisão priorize o bem-estar da população rondoniense.
O caso do Hospital João Paulo II é mais um capítulo na discussão sobre o futuro da saúde pública no Brasil, onde a terceirização tem sido tanto uma solução proposta quanto um ponto de controvérsia. Em Rondônia, a mobilização liderada por Marcelo Cruz e apoiada pela população demonstra que a saúde é um tema que não pode ser decidido nos bastidores.
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